quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Governo de SP ameaça fechar escola "top" do ensino médio

A estadual Alberto Torres, no Butantã, liderou Saresp, mas não deve funcionar em 2010


Colégio tem 178 alunos e demanda é baixa, segundo a secretaria; pais tiveram de preencher formulário com opções de outras escolas.
TAI NALON

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governo do Estado de São Paulo ameaça fechar aquela que tem, segundo o seu próprio indicador de qualidade, o melhor ensino médio da capital. Localizada no Butantã, zona oeste da cidade, a escola estadual Alberto Torres ficou em primeiro lugar no Saresp 2008, mas não deve oferecer aulas no ano letivo de 2010.

A certeza do fechamento chegou a pais, alunos e professores em uma reunião no dia 28 de outubro. Conforme relataram à Folha dois professores, quatro pais e três alunos da escola, o encerramento das atividades foi anunciado pela vice-diretora, Eunice Ramos, e por uma superintendente da Diretoria de Ensino da Região Centro-Oeste.

Na ocasião, também foram distribuídos aos pais formulários para que escolhessem três escolas da região para as quais gostariam de transferir seus filhos a partir do ano que vem.

Desde então, funcionários, pais e alunos estão se mobilizando para impedir o fim da escola. Na semana passada, entraram com um pedido no Ministério Público e no Conselho Tutelar do Butantã para que acompanhassem o caso.

Segundo funcionários presentes nessa reunião, a justificativa apresentada pelo Estado é que não há demanda de alunos na região -baixa procura confirmada pela Secretaria da Educação. Hoje, há 178 alunos matriculados na escola, conforme informou a Cogesp (órgão que administra as escolas estaduais da região metropolitana) .

O colégio fica numa região nobre de São Paulo, ao lado do Instituto Butantan e próximo à futura estação Butantã do metrô, cuja inauguração é prevista para o ano que vem. Foi inaugurada em 1932 como uma escola agrícola e foi idealizada por Vital Brazil para abrigar filhos de funcionários da instituição de pesquisa.

Hoje, sem hortas e pomares, abriga sete turmas de ensino fundamental e médio, cujos alunos e professores dizem conviver há pelo menos três anos com boatos e ameaças de fechamento.

"Há demanda. O problema é que, com esses boatos, pais têm medo de colocar seus filhos e professores resistem em ir", disse o professor de filosofia Liroan Tadeu Porto de Lima.

Para Cíntia Ribeiro, aluna da sétima série, o pior é estudar sem a certeza de que a escola estará lá no ano seguinte. "Eu gosto de estudar lá e queria ficar. É muito ruim ter que ficar trocando de escola toda hora."

Mesmo com a ameaça, Sueli Ferreira da Silva, assistente de serviços gerais e mãe de uma aluna do segundo ano, não pensa em mudar de planos. "Quero por minha filha mais nova lá."

segunda-feira, 30 de novembro de 2009








Lançamento do movimento


Outro São Paulo: outra política é possível, outro estado é necessário!


dia 4 de novembro - às 19h - na ALESP


presenças:

* Lideranças nacionais e representantes de diversas entidades e movimentos sociais paulistas
* Deputado Carlos Giannazi
* Deputada Luciana Genro


Local: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo - Auditório Teotônio Vilela

Av. Pedro Álvares Cabral, 201. São Paulo – SP (em frente ao Parque do Ibirapuera)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Por Outro São Paulo

Guerra nas periferias. Proliferação de pedágios e restrição ao direito de ir e vir. Privatização generalizada da saúde. Grandes desastres nas obras do metrô e do rodoanel. Depois de 14 anos de governo do PSDB, a situação do estado de São Paulo é crítica.

O projeto tucano vendeu grandes empresas públicas e continua liquidando o patrimônio e os serviços prestados ao povo paulista. Depois de vender o Banespa, maior banco estadual do Brasil, o governo volta-se contra a SABESP, a CESP, o Metrô, a CPTM, a DERSA, entre outras empresas públicas.

A corrupção também varre o estado. Do litoral ao interior, passando pelo escândalo da nova linha do metrô na capital, os casos de corrupção são freqüentes e os corruptos ficam completamente impunes.

Lado a lado com a corrupção, a poluição e destruição do meio ambiente têm aumentado a cada ano. Passando por cima da lei ambiental, o governo faz vistas grossas e não tem política adequada para a preservação ambiental, propondo inclusive projetos que pioram esta situação.

Além disso, os problemas na área da educação e na saúde, na segurança, no emprego e na moradia também só têm piorado nos últimos anos. A política de governar para poucos tem diminuído as condições de vida dos trabalhadores pobres e reprimido severamente qualquer manifestação popular, como ocorreu recentemente nas favelas de Heliópolis e Paraisópolis.

O Movimento Outro São Paulo nasce para aproximar iniciativas de resistência de todo estado, somando esforços e trocando experiências para uma alternativa política ampla que se confronte com este projeto desumano do governo paulista.


Outro São Paulo! Outra política é possível. Outro estado é necessário.