terça-feira, 2 de março de 2010

Ato por cotas na USP conquista audiência pública com reitoria

No dia 24 de fevereiro, data da Calourada Unificada do DCE e centros acadêmicos da USP, foi dado um importante passo na luta pela democratização do acesso à universidade. Um ato em frente à reitoria, trazendo a bandeira da luta por cotas, reivindicou e conquistou uma audiência pública sobre a pauta com a direção da universidade, a ser marcada em março.

O ato, encabeçado pela Rede Emancipa, movimento social de cursinhos populares, chegou a reunir cerca de 100 manifestantes. Além de secundaristas e alunos da Rede, contou também com a participação e o apoio de universitários, centros acadêmicos, alunos e professores de outros cursinhos pré-universitá rios, artistas, do DCE da USP e do deputado estadual Carlos Giannazi, autor da lei de cotas que atualmente tramita na ALESP (PL 208/2009).

Como destacou Maurício Costa, idealizador e professor da Rede Emancipa, o ato teve uma importância especial por serem raros os momentos em que um movimento social externo à USP organiza um ato lá e conquista sua reinvindicação. Para levar à cabo essa luta e torná-la vitoriosa, a aliança com os outros movimentos sociais da educação é essencial, principalmente com os demais cursinhos populares.

Brenda, aluna do cursinho Chico Mendes, do Emancipa de Itapevi, ressaltou que se não fosse a pressão do protesto, a reitoria não haveria recebido a comissão de negociação, que esperou mais de uma hora para ser atendida. No ato, Brenda e os outros 40 alunos do cursinho puxavam palavras de ordem reivindicando cotas e mais vagas na USP e contra a mercantilizaçã o da educação.

Através do ato, a Rede Emancipa levanta uma campanha por cotas na USP que terá suas fileiras cada vez mais engrossadas pelos estudantes de escola pública, pela população carente, pelos negros, indígenas, membros dos movimentos sociais, por todos os lutadores da educação, que seguirão protestando pelo seu direito universal à educação.

Esta iniciativa do dia 24/02 se repetirá até que as cotas sociais com recorte étnico-racial existam nas universidades paulistas, como um instrumento de inclusão imediata de setores historicamente marginalizados do acesso à educação superior pública e de qualidade.


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4 comentários:

  1. SE NÃO LUTARMOS SEREMOS SEMPRE TRATADOS COMO O LIXO DA PERIFERIA O QUE NÃO É VERDADE POIS TODOS OS DIAS PAGAMOS IMPOSTOS E SUSTENTAMOS AQUELA UNIVERSIDADE QUE É DO POBRE E DEVERIA SER PARA O POBRE MAS EM VEZ DISTO TEM MUITOS RICOS QUE ESTÃO OCUPANDO NOSSAS VAGAS EM VEZ DE NÓS E MUITOS JÁ PERDERÃO AS ESPERANÇAS E ABAIXARAM A CABEÇA PARA ESSES MAS QUEM TEM QUE ABAIXAR A CABEÇA SÃO ELES POIS NÓS SOMOS A ESPERANÇA, A FORÇA DE VONTADE, A HONRA E A DIGNIDADE DESSE PAÍS SE NÓS NÃO TRABALHARMOS UNIDOS ELE NÃO IRA PARA FRENTE NUNCA O QUE UM PAÍS NÃO É A CAMADA RICA DELE MAS SIM AS MILHÕES E MILHÕES DE CAMADA POBRE...VAMOS LUTAR PELO QUE É NOSSO JÁ.

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  2. ''cotas sociais com recorte étnico-racial''

    Discordo, cotas justas são cotas estritamente sociais. Pq um negro rico tem o direito que um pobre branco não tem? Pensem nisso antes de ficarem com demagogia hipócrita.

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  3. Antes de tudo uma universidade é uma instituição científica e não de caridade , cotas só diminuem o nível da universidade, logo o correto seria lutar por melhorias na educação pública e não por facilitações na admissão, mas as pessoas sempre procuram o caminho masi fáçil e não o melhor.

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  4. Vaga na universidade é pra quem merece. Não acho justo um estudante fazer 17 mil pontos em um vestibular de medicina, e não passar, enquanto outro que fez 13 mil é aprovado...

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